OMS declara pandemia do covid-19

Com a declaração de pandemai feita pela OMS, foi confirmado que a doença se alastra por diversos países e continentes. Na prática, isso quer dizer que o vírus pode atinger um número muito grande de pessoas e os governos devem estar atentos à população de risco.

A Afya, visando contribuir para a segurança de seus alunos e a correta contenção da doença, esclarece aqui algumas questões importantes e eficazes, com base em fontes oficiais do Ministério da Saúde.


Quais são os sintomas?

Os sintomas prevalentes são febre baixa, tosse e falta de ar. Alguns pacientes apresentam coriza e diarreia. Casos graves podem evoluir para pneumonia, síndrome respiratória aguda grave e insuficiência renal como mostra a figura ao lado. Ressalte-se, contudo, que são ocorrências comuns a diversas enfermidades — daí a importância de sempre procurar orientação médica

O coronavírus

Coronavírus é uma família viral mapeada desde a década de sessenta que causa diversas infecções respiratórias, algumas leves ou moderadas como a gripe, e outras mais graves como a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) ou a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio). Uma nova variante do vírus foi encontrada em dezembro de 2019 na China e é chamada de novo coronavírus (Covid-19).





EPIDEMIOLOGIA

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 150 mil casos foram confirmados até o dia 16 de março de 2020 e cerca de 3,4 mil pessoas morreram em decorrência do surto, que começou na cidade de Wuhan, na China e hoje tem como o epicentro na Europa.

MORTALIDADE

Estudo realizado pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CCDC) mostra que a taxa geral de mortalidade da doença é de 2,3%, mas em pessoas com mais de 80 anos chega a 14,8% . Esta taxa é muito menor do que os outros coronavírus da SARS e MERS, que têm 10% e 40% respectivamente.

VÍRUS

O novo coronavírus tem uma capacidade de propagação maior do que a de muitos vírus que geram infecções graves, porém sua taxa de mortalidade, ao comparar com os mesmos vírus, ainda é baixa. O desafio é descobrir como a propagação da doença será e este é o motivo de muitas medidas públicas estarem sendo tomadas ao redor do mundo.




Como prevenir?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:







Lavar as mãos frequentemente com água e sabão com os 5 momentos de higienização.



Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo



Limpar e desinfetar com álcool as superfícies e os objetos tocados com frequência.



Quando estiver doente ou com suspeita de infecção, ficar em isolamento.



Evitar tocar nos olhos, nariz e boca quando as mãos não estiverem lavadas.



Evitar qualquer tipo de contato próximo com pessoas doentes.

Como o Ministério da Saúde está preparado para diagnosticar o vírus



Diagnóstico diferencial

O diagnóstico diferencial para o SARS-CoV2 é a pesquisa de Influenza e outros vírus respiratórios. Esses exames compõem a vigilância da Síndrome Respiratória Aguda Grave e da Síndrome Gripal em unidades sentinelas e são realizados nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN) de 23 Unidades Federadas e, de forma complementar, nos NIC. Os LACEN Amapá, Acre, Maranhão e Paraíba encaminham todas as suas amostras suspeitas para seu NIC de referência.



Indicação de coleta de amostras

A realização de coleta de amostra respiratória está indicada sempre que o paciente atender a definição de caso suspeito de COVID-19 em serviços de saúde públicos e privados. Visando otimizar os recursos para atender às rotinas das vigilâncias descritas, bem como para a demanda da sazonalidade da Influenza que se aproxima, recomenda-se que os LACEN realizem triagem criteriosa na recepção dessas amostras, avaliando se as amostras estão acompanhadas das respectivas fichas, bem como que a vigilância epidemiológica colete as amostras somente dos pacientes que atendam as definições de caso suspeitos para COVID-19, SRAG e Síndrome Gripal das unidades sentinelas.



Envio de amostras

Orienta-se que as amostras devem ser cadastradas no GAL e enviadas ao LACEN acompanhadas da ficha do GAL e de uma cópia do formulário Redcap. Para os serviços que não possuem GAL, orienta-se encaminhar as amostras ao LACEN acompanhadas da solicitação médica e de uma cópia do formulário Redcap. O processo de teste das amostras segue o fluxo ao lado.



Diagnóstico para painel de vírus respiratórios










Planos de Contingência

Como parte das ações de combate ao novo Coronavírus (SARS-CoV-2), o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo Novo Coronavírus. Tenha acesso ao documento aqui.

O documento define o nível de resposta e qual é a estrutura de comando correspondente a ser configurada em cada um desses níveis objetivando a preparação da rede de atenção à saúde. Durante a reunião do Comitê Intergestores Tripartite (CIT), realizada em 06 de fevereiro de 2020, foi pactuado com os gestores presentes o envio dos Planos de Contingência de seus estados em consonância com o Plano de Contingência Nacional apresentado.



O que fazer em casos de suspeita?

Segundo o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não há motivos para pânico na população, mesmo com a chegada confirmada da doença no Brasil. O foco é ter agilidade no diagnóstico da doença para que a propagação do vírus seja controlada.

Segundo o Ministro, "Já passamos por epidemias respiratórias graves, como a H1N1. Vamos passar por essa situação investindo em soluções, ciência e informação. [É recomendado] Higiene, evitar aglomerações desnecessárias, [além dos] cuidados de etiqueta respiratória, o brasileiro precisa aumentar o número de vezes que lava a mão".

Em casos de suspeita de infecção, é fundamental recorrer a uma análise médica. As autoridades de saúde devem seguir o protocolo do Boletim Epidemiológico nº3 do Ministério da Saúde.

A Afya está acompanhando de perto o desenrolar e à disposição dos seus alunos, colaboradores e autoridades de saúde. O importante é evitar movimentos de pânico e seguir as orientações do Ministério da Saúde.

Recomendações oficiais do Ministério da Saúde



Hospitais de Referência para atendimento

Caso seja confirmada a doença, os pacientes devem ser encaminhados para um dos seguintes hospitais, que têm uma equipe de saúde preparada para o devido acolhimento, isolamento do paciente e tratamento.



Documento elaborado pela diretoria de Aprendizagem & Conteúdo, diretoria de Ensino da Graduação e diretoria Acadêmica e de Educação Continuada da Afya, destinado a orientação de nossa comunidade educacional